A madrugada
É fria
Não sinto seu
Corpo colado
Ao meu
Somos dua
Paralelas
Nunca quê
Eu vou ti
Encontrar
Você vai pro norte
E eu indo pro sul
Um povo ferido
Você vai encontrar
A mata ardendo
De fome e o povo
Querendo ouro
Cravado nos dentes
Dos madeireiros
Dos garimpeiros
Dos grileiros
Os índios morrendo
De fome bebendo
Cachaça que um
Branco lhe deu
O cheiro é de
Podridão
Cacique não manda
Em nada, governo
Não da condição
Ganância por
Pura razão que diz
Vou deixar meu
Legado não levo
Nada pro outro
Lado, não levo
Nada pro outro
Lado, até meus
Dentes serão
Roubados de
Quem eu enganei
De quem eu enganei